domingo, 22 de maio de 2011

Cultura afro e indígena no ensino público são temas de debate com o governo

Cultura afro e indígena no ensino público são temas de debate com o governo

Plenária discutiu as formas para a implantação da Lei 11.645/08, na rede de ensino do Amapá. A medida foi sancionada pela legislação nacional em 2010.
O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, participou, nesta quarta-feira, 18, no Centro de Convenções João Batista Azevedo Picanço, de uma Audiência Pública que debateu a implantação da História e Cultura Afrodescentente e Indígena na rede de ensino do Estado, de acordo com a determinação da Lei 11.645/08, de 2010. A plenária foi proposta pela deputada estadual Cristina Almeida (PSB). Cerca de 300 pessoas compareceram à plenária.
Durante o evento, que contou com a presença do vereador Washington Picanço, representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendente (Seafro), Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas (Sepi), Secretaria e associações ligadas ao movimento negro do Amapá.
Segundo o governador, a inclusão da História e Cultura Afrodescentente e Indígena no ensino público é uma mudança positiva. Camilo Capiberibe afirmou que somente um pequeno capítulo da contribuição dos dois povos para a constituição do Brasil foi contado.
“Sempre apoiei a integração da cultura indígena e afrodescendente ao ensino público, desde a época que eu fui deputado estadual. É muito importante reconhecer e valorizar a diversidade da cultura brasileira, da qual também fazem parte da história indígena e negra”, disse o governador.
Regularização de terras
De acordo com o governador, outra direito da população negra do Amapá é a legalização de suas terras. Camilo Capiberibe disse que irá regularizar 22 glebas que o governo federal passou para o Estado e contratar antropólogos para a legalização das áreas quilombolas.
“É meu dever como governador fazer o que não foi feito antes. Assumo o compromisso com os povos quilombolas, eles terão a legalização de suas áreas, pois contrataremos antropólogos para tal, já que o laudo técnico é que impede a titulação dessas áreas”, pontuou o governador.
A Lei
A Lei 11.645/08, de 2008, que inclui o ensino de História e Cultura Indígena, substituiu a Lei 10.639/03, de 2003, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio. Com a segunda resolução, as duas culturas serão obrigatórias no ensino brasileiro.
“Meu compromisso é apoiar a Seed no que for preciso para a inclusão das duas culturas no currículo escolar. Quero que digam, daqui há três ou quatro anos, que um pequeno Estado da Amazônia foi um dos primeiros a implantar a História e Cultura Afrodescendente e Indígena em seu ensino”, enfatizou Camilo Capiberibe.
Elton Tavares
Assessor de Comunicação Social
Secretaria de Estado da Comunicação Social

Fonte : http://www.correaneto.com.br/site/?p=8278

terça-feira, 17 de maio de 2011

Aprovada criação do Ano Estadual das Populações Afrodescendentes

Redação SRZD | Rio+ | 30/04/2011 16h18
A Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou esta semana o projeto de lei nº 44/2011, de autoria dos deputados Sabino e Gilberto Palmares, que institui o ano de 2011 como o Ano Estadual das Populações Afrodescendentes e das Políticas de Promoção da Igualdade Racial. A poucas semanas do dia em que se comemora a abolição da escravatura, o projeto tem objetivo de fortalecer o compromisso político de erradicar a discriminação e promover maior consciência e respeito à diversidade e à cultura.

Em dezembro de 2010, a Assembléia Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente, que 2011 seria o Ano Internacional das Populações Afrodescendentes, pois segundo o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, os afrodescendentes estão entre as pessoas mais afetadas pelo racismo. No Brasil, a ideia do Ano Estadual das Populações Afrodescendentes é buscar medidas nacionais e a cooperação regional e internacional em benefício da população afrodescendente, visando alcançar a participação e integração em todos os aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais da sociedade.

O projeto discutirá alguns pontos como o acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde (SUS) para promoção, proteção e recuperação da saúde dessa parcela da população; os direitos fundamentais das mulheres negras; o reconhecimento ao direito à liberdade de consciência e de crença dos afro-brasileiros e da dignidade dos cultos e religiões de matriz africana praticadas no Estado do Rio de Janeiro; o sistema de cotas que buscará corrigir as inaceitáveis desigualdades raciais que marcam a realidade brasileira, entre outros.

O Poder Executivo, por meio dos órgãos competentes, coordenará a programação dos eventos institucionais comemorativos, podendo criar parcerias com entidades e instituições públicas ou privadas, visando o apoio e à promoção de atividades alusivas ao importante fato cultural e histórico.




fonte;   
http://www.sidneyrezende.com/noticia/129786

sábado, 14 de maio de 2011

O 13 de Maio

Bembé de Santo Amaro comemora 120 anos de resistência



No dia 13 de maio, a cidade de Santo Amaro comemora os 120 anos do Bembé. São 120 anos do começo de uma luta que permanece até hoje. A luta pela liberdade do povo negro escravizado que continua com a luta pela inclusão social.
Um dia após a assinatura da Lei Áurea (13 de maio de 1888) os senhores de engenho de Santo Amaro, inconformados com o fim do regime escravagista, pressionaram as suas lideranças parlamentares para que a lei fosse revogada e com ajuda do aparelho policial da cidade tentaram manter o sistema de trabalho escravo na cidade. Porém os negros libertos - conhecidos pejorativamente como os treze de maio - e alguns simpatizantes da causa, continuaram o movimento social para libertação daqueles que ainda permaneciam encarcerados. Assim, um ano depois, os negros decidiram comemorar na praça do mercado o aniversário da abolição, sem agradecimentos a princesa Isabel ou parada cívica, mas com muita festa e manifestações do candomblé saudando os Orixás, assim nasceu o Bembé (uma contração da palavra Candomblé). Durante os festejos são colocados diversos presentes para Iemanjá que logo após a festa são levados em oferenda a rainha do mar.
Muito mais que uma festejo anual, a comemoração do 13 de maio simboliza uma luta histórica do negro em defesa da liberdade física e religiosa, reafirmando a necessidade de reparação social para um povo excluído da sociedade por muitos anos e que nos dias atuais continuam travando batalhas contra o pior dos inimigo: o preconceito racial velado que permeia todo o corpo social do nosso país.


 Fonte http://nasondasdepaulo.blogspot.com/feeds/posts/default?orderby=updated
Veja as fotos sobre a festa do Bembé no link 

http://www.flickr.com/photos/denisse_salazar/4614978603/in/set-72157624079192062/